Dá-me um novo coração

Olá Gente!

Segue meditação que faz parte de um estudo que estou desenvolvendo sobre a luta contra os desejos da carne. Se puder abençoar mais alguém, glórias a Deus.

Lauberti Marcondes

O PODER DA SANTIDADE
Hebreus 8:10-12

Para muitas pessoas as mudanças no visual, no modo de falar e no comportamento definem o processo de santificação e caracterizam a vitória sobre os desejos da carne. Mas, o grande pregador inglês C.H. Spurgeon costumava dizer aqueles que se justificavam por serem almas de “bom coração”, que não sabiam que isto era o pior que possuíam. Já D.M. Lloyd-Jones afirmava que os mais nobres atos de generosidade humanas estão manchados por este mal. No entanto, Jesus foi ainda mais profundo no Sermão do Monte, quando nos advertiu de que o pecado é um mal que esta alojado nas raízes do coração humano. Por isso, condenou a valorização da observação externa da Lei feita pelos fariseus, que não levavam em conta as motivações do coração humano. Também advertiu de que sem uma transformação que se processe de dentro para fora, qualquer mudança é apenas superficial e cosmética. Parece que o pecado é um mal tão arraigado nas entranhas do nosso ser que seu poder influencia nossos desejos, instintos e emoções. Para Cristo, o pecado “sai do coração e contamina todo o resto”. Por isso, as Escrituras afirmam que somente após a ação do Espírito Santo de Deus no âmago da alma humana, tirando o “coração de pedra” e colocando um “coração de carne”, é possível falarmos em santidade. Apesar do pecado continuar presente, com este “novo coração”, ele não comanda mais o coração regenerado. O pecado tornou-se um inimigo mortal, um indesejável intruso que será combatido a todo custo pelo poder desta nova vida em Cristo.

Podemos até dar uma banho num porco, enfeita-lo e oferecer-lhe boa comida, mas assim que ele encontrar uma poça de lama vai revelar sua verdadeira natureza. Inversamente é o que acontece com a borboleta. É impossível para ela completar seu ciclo natural e ficar apenas rastejando, sem usar suas lindas asas. A pessoa regenerada, agora é templo vivo do Espírito Santo, amiga de Jesus, com acesso ao trono da graça. Seus olhos espirituais foram abertos para contemplar as maravilhas da lei de Deus. Naturalmente, ela vai desejar “voar nas asas do Espírito” para desfrutar de todas as riquezas da graça divina. Não será apenas uma tentativa de conformar-se exteriormente com as normas da ética, realizar atos religiosos ou ser bem vista pela sociedade. Quando esta mudança acontece no coração humano, além de desejar seguir os passos de Jesus, a pessoa recebe poder do alto, para abrir mão dos seus próprios interesses e andar como Ele andou nos caminhos da santidade. Pois, ainda que haja lutas, prevalece o desejo de agradar ao Senhor.

Por conta dos preconceitos religiosos, as vezes é difícil olhar para vida de Jesus e entender que Ele é a nossa referência de santidade. Em sua vida terrena, a bondade, a caridade, o amor e a justiça se encontraram com a repreensão ao egoismo e falta de fé dos discípulos, a indignação contra o mal e a denúncia do pecado. Por isso, quer gostemos ou não, Cristo é o padrão da santidade. Para o Deus Santo, dois aspectos são essenciais neste caminho: um é o “ódio ao mal”, pois certas atitudes negativas que desagradam ao Senhor, devem ser condenadas e excluídas. O outro é o “amor a justiça”, pois devemos demonstrar atitudes positivas de amor e bondade que sinalizem a presença do Reino de Deus. Mais do que uma moral estéril, que não faz certas coisas, a santidade é algo frutífero e vivo, pautada na vida daquele que “andou por toda a parte fazendo o bem e curando os oprimidos do Diabo”.

Outros textos:
João 1:12-13; 1Coríntios 2:14; Ezequiel 36:26; Atos 10:38; Romanos 8:1-17; 1 Pedro 1:13-25;
Salmos 45:7; João 3:1-21; Marcos 7:14-23