quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Igreja é agente de restauração da criação!


A mesa de diálogo das Igrejas Ecocidadãs na Cúpula dos Povos Crise ambiental e cristianismo – o papel da igreja na sustentabilidade recebeu mais de 100 pessoas no auditório do Instituto Metodista Bennet (16/06).
Compuseram a mesa o teólogo Dellambre Oliveira, os professores universitários Cláudio Oliver e Ednaldo Michelon e a ex-senadora Marina Silva.
Para a introdução da mesa, Dellambre trouxe uma problematização: O sentimento que alguma coisa está errada nos passos da humanidade é sentido por diversas pessoas.
Nos deparamos com uma crise de fundamento relacional. O esgotamento do paradigma relacional chegou à natureza”, argumentou.
 Dellambre deixou questionamentos para à mesa: Como a igreja evangélica brasileira poderia se envolver neste tema? Não poderia a Igreja refletir sobre a crise fundamental que ela mesma se participa?
Agroecologia – O professor Michellon retomou a história da agricultura  e introduziu o problema do “moneycentrismo” no nosso modo de produção.
Novamente o professor ressaltou que a agroecologia é o novo paradigma que está sendo engendrado como necessário à manutenção da vida e que há necessidade de solidariedade intergeracional e justiça social (intrageração).
O nosso modelo – “O Deus que eu creio não abandona sua criação, mas está profundamente comprometido com a sua restauração”, disse o professor Cláudio Oliver.
 Cláudio apontou que Cristo assume a agenda do “esvaziamento” (referência de Filipenses 2. 4 a 7), do papel servil. Nós, como seus discípulos também devemos deixar a grandeza, o poder e a soberba e assumir uma vida simples.
Em uma das perguntas da plateia, sobre como podermos reduzir o nosso consumo, Cláudio respondeu de modo surpreendente: “Produzir é a melhor forma para reduzir o consumo. Comece a produzir algo, faça um jantar, customize peça de roupa”.
Uma maneira de ser - Marina Silva iniciou sua fala citando o trecho de Eclesiates 4.6: as duas mãos cheias a que se referem o escritor também podem ser aplicadas ao “uso insustentátel”dos recursos naturais.
O que faremos com a destruição? Esperar a “morte chegar”? É muito antropocentrismo esperar que Deus só vai resgatar os seres humanos. É incoerente de nossa parte dizer que amamos o criador se não respeitamos a sua criação. Deus deu a terra como presente ao homem morar”, exortou.
De acordo com Marina estamos em uma crise civilizatória (composta por várias crises) e temos que trabalhar para o desenvolvimento sustentável – que já é uma denúncia que algo está errado. O desenvolvimento não deve comprometer o direito dos que ainda não nasceram.
“Precisamos nos dispormos às mudanças de atitudes. Somos seres ‘faltosos’ em nós mesmos. Só podemos ser “cheios” se percebemos o outro e ouvimos o outro. Desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer as coisas mas uma maneira de ser”, concluiu.

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