quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Caim pede licença para contar a história de sua marca.

Olá Gente!
Tenho pensado novamente em diminuir o ritmo das postagens, enquanto outras pessoas não se prontificam a assumir um compromisso por algum tema ou dia da semana no Blog. Mas por outro lado, é inacreditável como ultimamente algumas informações muito legais tem chegado a mim, facilitanto o trabalho que se intercala entre divulgação, comentário e reflexão.
Diga se concorada comigo ou não. Por exemplo, se você ler este romance do Rev. Roberto Cristofani sobre Caim e não achar no mínimo interessante, pode me contatar. A bem da verdade é que as vezes me sinto meio sozinho neste negócio, mas também não posso negar que gosto muito de fazer tudo isso.
Um grande abraço a todos.
Lauberti Marcondes
13. Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo. 14. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará. 15. O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse. 16. Retirou-se Caim da presença do SENHOR e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. (Gênesis 4:13-16)

Muito prazer, meu nome é CAIM! Peço licença para contar minha história. Na verdade a história desta marca que trago em meu corpo. Peço alguns minutos da sua amável atenção.

Sou filho de Adão e Eva e tinha um irmão de nome Abel. Mas uma desgraça se abateu sobre nossa família. Hoje, debaixo desta árvore, protegido pelo céu, contemplando o rebanho que pasta tranqüilamente nesta campina, ainda continuo meditando nas lembranças que esta marca em minha mão, feito tatuagem, evoca, lembranças da tragédia que mudou completamente nossas vidas.

Papai já havia saído do Éden e, junto com mamãe, se estabeleceram numa região na qual podia, não apenas criar seu rebanho, mas também cultivar seu pomar. Mamãe contava, para mim e meu irmão, como nós nascemos. Você sabe essas histórias de cegonha para crianças. Mamãe disse que durante minha gravidez recebeu auxílio de Javé. E eu nasci saudável. Javé, se você não sabe, é o nome do nosso Deus, meu e de minha família.

Éramos uma família feliz. Felicidade que aumentou ainda mais quando Abel, meu irmão, nasceu.
Lembro bem que papai e mamãe passavam os dias cuidando de tudo. Papai cuidava do pomar e do rebanho. Mamãe, da casa e dos animais domésticos que tínhamos.

Quando meu irmão e eu ficamos maiorzinhos também ajudávamos nos afazeres do lar. Papai me ensinava a cuidar das frutas e orientava meu irmão a cuidar dos carneirinhos. No final do dia mamãe nos esperava na varanda com um suco de frutas e um bolo de fubá e ali ficávamos ouvindo, de papai, as histórias sobre a criação e aquelas histórias que nos ligam uns aos outros.

Aprendemos muitas coisas de papai e mamãe. Eu e Abel, meu irmão, tivemos uma infância feliz. Corríamos atrás das ovelhas, subíamos em árvores, tomávamos banho num riacho próximo de casa, brincávamos com nossos gatos e com os brinquedos que papai fazia. Lembro bem, como se fosse hoje, que meu irmão e eu estávamos catando abacate, quando Abel, que estava em cima da árvore, soltou uma fruta e ela caiu nas minhas costas, pois eu estava abaixado arrumando as que nós já tínhamos apanhado. Lembro que gritei com meu irmão e o xinguei. Mas você sabe, irmão é irmão, e saímos dali dando boas risadas do que tinha acontecido.

Passaram-se os anos, Abel e eu crescemos. Eu cuidava do pomar, meu irmão do rebanho.
Certo dia trouxemos, para o culto, uma oferta cada um. Abel trouxe algo do rebanho. Eu trouxe algo do campo. Não sei qual o motivo a oferta do meu irmão foi aceita e a minha não. Naquele dia aconteceu algo muito triste. Sem ter controle das minhas emoções, fiquei sobremodo irado com o acontecimento, a tal ponto foi minha ira que meu semblante se desfigurou. Eu podia sentir aquela chama, aquele fogo embraseando meu rosto. Saí daquele lugar arrasado. Mas antes que saísse ouvi uma voz no profundo do meu ser. Sabia que era o Senhor que estava dizendo:

Caim meu filho; por que estás tão irado? Por que teu rosto está tão desfigurado? Por que tanta amargura no coração? Não há motivo para tu estares assim Caim.

E continuou:

Olha Caim, há dentro de ti duas forças, como se fossem dois cães: aquele que tu alimentares vai prevalecer. São duas opções: aquela que escolheres é a que determinará tua aceitação ou não, perante mim. Por isso reflitas nisto: Se procederes pelo bem, tu serás aceito, todavia se procederes pelo mal eis o pecado à porta do coração: Portanto, cabe a ti dominar os desejos que estão contra ti. E lembra-te sempre Caim: não é a religiosidade das ofertas que me agradam, mas, sim, um coração sincero, um desejo puro.

Aquelas palavras ainda ressoam forte dentro de mim. É como se o Senhor as estivesse falando hoje. Descobri estarrecido, naquele dia, que há algo de monstruoso dentro do ser humano, algo de demência que assombra todos nós. Você não se sente assim de vez em quando? Você às vezes não fica irado, nervoso ... querendo matar meia dúzia de políticos? É ... isso é uma tragédia por si só!

Mas minha história não pára por aí. Ela se agravou até a desgraça completa. Deixa-me contar a parte mais triste.

Certa ocasião chamei meu irmão para irmos ao campo, e num ato de pura violência e loucura, deixei-me dominar pelo meu lado obscuro, pelo meu desejo do mal, e feri meu irmão de morte. Por um instante fiquei ali, inerte, paralisado, olhando o corpo do meu irmão estendido ali no chão, o sangue escorrendo pela terra ...

Fugi, apavorado. No caminho, outro encontro com o Senhor, que me perguntou:

Caim, onde está teu irmão?

Sabia que nada podia esconder de Javé, sabia que o Senhor nos acompanha aonde quer que nós vamos. Porém, no auge do meu desespero tentei um último ardil dizendo:

Não sei onde está meu irmão. Acaso sou cuidador do meu irmão?

Em vão minhas palavras. A quem estava eu querendo enganar, senão a mim mesmo? Conturbado e a sós com Deus ouvi-o dizer em tom de lamento:

Que fizeste Caim?! O sangue do teu irmão clama da terra para mim. A voz do teu irmão grita da terra regada com o sangue dele. A terra abriu a boca para receber a vida do teu irmão. Agora és maldito sobre essa terra que não mais dará o sustendo quando a lavrares.

E Deus continuou dizendo ao meu coração:

Serás andarilho sem rumo pela terra.

Mesmo que eu tivesse tapado os ouvidos naquele momento, teria ouvido essas duras e assustadoras palavras, pois elas iam direto ao coração e, como cravos na madeira, penetravam meu ser e ficaram fixadas para sempre. Vivi um verdadeiro inferno existencial, um sofrimento tão intenso que não podia suportar ... então clamei ao Senhor:

Senhor meu castigo é tão grande que não posso suportá-lo, pois me lanças da tua face e tenho que me esconder da tua presença e ando fugitivo e errante...

E completei a frase chorando amargurado:

... E quem me encontrar, certamente me matará.

Disse isso, pois temia receber na mesma moeda o castigo pelo meu pecado, por ter tirado a vida do meu irmão. Foram dias de profundo sofrimento. O fato de ter tirado a vida do meu irmão tirava meu sono. Não conseguia dormir pensando no que fizera, pensando na dor de mamãe, pensando na tristeza de papai, pensando na destruição que causei na minha família.
Sim. Você não pode imaginar a dor, a tristeza, a angústia, o desespero, a solidão que enchiam meus dias. Ainda sob o domínio do medo e do pânico ouvi o que o Senhor Javé falou:

Caim: qualquer pessoa que tirar a tua vida será vingado sete vezes. Mas eu o Senhor Deus coloco em ti um sinal, uma marca bem visível para que qualquer pessoa que te encontrar não te fira de morte. Esta marca te protegerá pelo resto de tua vida e será uma lembrança de que sempre estarei ao teu lado para te proteger.

Deus falou, e assim se fez. No dorso da minha mão direita surgiu esta marca, parecida com uma tatuagem, que me identifica como um protegido de Javé. Essa marca que você vê em minha mão é a lembrança de uma tragédia familiar, mas é, ao mesmo tempo, um sinal de proteção. Eu sei que parece estranho eu dizer isso, pois você deve ter ouvido outra versão da minha história.
Entretanto, você pode consultar o livro Sagrado e comprovar o que estou dizendo.
Assim, quando você olhar para esta marca em minha mão, saiba que é um sinal com dois significados: um externo e outro interno. Um invisível e outro visível. A marca invisível é a lembrança do meu pecado. A marca visível é a lembrança da proteção que recebi do Senhor.
Pense nisso: Se você não soubesse da história do meu pecado só veria a marca visível e saberia que Javé me protege, e não saberia o que fiz.

Portanto, você que ouve a minha história tenha sempre na mente e no coração a certeza de que, apesar do nosso pecado, seja ele qual for nunca será tão grande que o Senhor não possa perdoá-lo e isso por um motivo bastante simples: Jesus, o filho de Deus, nosso irmão mais velho, derramou seu sangue para nossa remissão, para nossa proteção.

Assim, você também carrega uma marca que lembra o seu pecado, mas que também lembra o perdão de Javé. Essa é a história da nossa marca!
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O Rev. Dr. José Roberto Cristofani é pastor da Igreja Presbiteriana Independente, situada na região do Brás, em São Paulo, doutor em Bíblia e educador.

Fontes:
SE ACHAR LEGAL, MULTIPLIQUE!

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