quarta-feira, 15 de outubro de 2008

BLOG ACTION DAY – A POBREZA

Pobreza atinge 46% das crianças e adolescentes no Brasil, segundo o IBGE.

Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e utilizados como base da Síntese de Indicadores Sociais comprovam o que muitas pessoas e organizações envolvidas com o 3º Setor vem dizendo a muito tempo: as crianças e adolescentes são o elo mais frágil da sociedade e a pobreza aumenta esta vulnerabilidade.

Os dados da PNAD 2007 mostram que, quanto mais nova a criança, maior a probabilidade de estar em situação mais vulnerável, qualquer que seja a região do país.

A Rede Mãos Dadas divulgou um material para o 13º Mutirão Mundial a Favor de Crianças e Adolescentes em Situação de Risco, onde constam outros números impressionantes sobre o impacto da pobreza para crianças e adolescentes no Brasil:

- 35,9% da população brasileira é constituída por crianças e adolescentes (de 0 a 17 anos). Em números absolutos, são 61 milhões de crianças e adolescentes;

- Uma em cada três famílias com crianças de 0 a 12 anos (30,5%) vive com uma renda familiar per capita igual ou inferior a meio salário-mínimo, ou seja, R$ 3,00 por dia por pessoa.

Fazendo um cruzamento simples destes dados, teremos algo em torno de 28 milhões de crianças e adolescentes com uma situação de vulnerabilidade social potencializada pela pobreza.

Vítimas do abandono, de pais irresponsáveis, abusadas sexualmente, exploradas como mão de obra barata, seja em minas de carvão do nordeste ou faróis de trânsito no sudeste, silenciadas em sua dor. Cerceadas em seus direitos e podadas em seus sonhos, algumas destas crianças encontraram nas ruas, na marginalidade e na comercialização de seus corpos as únicas alternativas visíveis para sobreviver. Ou seja, a pobreza empurra, a cada dia, milhares e milhares de crianças e adolescentes para a vala comum da degradação social.


No entanto, o Brasil comemora 18 anos de ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Lei Nº 8.069, que em seu Artigo 3º, legitima o direito que as crianças e adolescentes têm de serem protegidas destas situações de risco social, físico e psicológico, inerentes à ausência das mínimas condições financeiras.

"É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."

Diante deste cenário, os representantes do Reino dos Céus não podem esconder sua luz debaixo do velador, mas a semelhança do bom samaritano na parábola contada por Jesus, precisamos socorrer aqueles que estão em nosso caminho vítimas de um sistema nefasto que ora põe fim a história de crianças que não tiveram a mínima chance de lutar por uma vida mais digna, ora transforma-os em atores mirins do crime e da prostituição.

Enfim, se no mundo existem pessoas refletindo e trabalhando para descobrir alternativas que reduzam a pobreza e as desigualdades sociais, que minorem a miséria dos mais vulneráveis, nós como cristãos, temos uma obrigação maior, pois devemos seguir os passos de nosso amado Mestre.

"Já sabeis a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre para que, pela sua pobreza enriquecêsseis. (II Coríntios 8:9)

O Blog Action Day, criado no ano passado pelo australiano Collis Ta’eed com a intenção de usar a mídia do momento – os blogs – para influenciar e gerar reflexões em milhões de leitores de blogs de todo o mundo, escolheu a pobreza para o tema deste ano. No ano passado o tema escolhido foi meio ambiente.

Neste contexto, é interessante informar que o III Encontro de RENAS (Rede Evangélica Nacional de Ação Social) ocorrido de 21 a 23 de agosto em Curitiba desenvolveu o tema “Ouvindo o Coração de Deus para o Pobre”. O encontro considerou o legado de Jesus Cristo em seu relacionamento com os pobres e discutiu questões como pobreza, desenvolvimento comunitário, injustiça social e políticas públicas para a assistência social. Doze redes evangélicas e sessenta instituições sociais de onze estados brasileiros estiveram presentes.

Tenho participado de alguns encontros de RENAS-SP, que acontecem toda a 4ª Quinta-Feira à tarde, no prédio da AEB (Associação Evangélica Beneficente) na avenida Angélica 2.261, no bairro da Consolação em São Paulo e, começo a perceber que o trabalho em rede é uma das alternativas positivas para reduzir a pobreza. No mês de outubro o encontro será dia 30 às 14:00 horas.

Para mais informações sobre Renas acesse http://www.renas.org.com.br/

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