terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A CRIANÇA DE BELÉM

Há mais de 2.000 anos uma criança nasceu. Algo tão natural e singelo que poderia passar facilmente despercebido.


Como sabemos, Jesus nasceu numa simples estrebaria de Belém, sem honras e sem glórias.
Alguns pastores foram chamados para testemunhar aquele nascimento e 3 Reis Sábios, após serem guiados por uma estrela, levaram-lhe presentes quando menino. Mas quando terminou sua missão aos 33 anos, Jesus contava com apenas 11 tímidos discípulos e, no máximo umas 500 pessoas reconheciam seu valor. Se estivéssemos presentes no momento em que Ele nasceu certamente teríamos dificuldades para avaliar o seu significado para nós.

É interessante notar, que muitos artistas não receberam o devido reconhecimento enquanto estavam vivos. Vejamos que três dos grandes artistas reverenciados como gênios pela sociedade, só receberam esse status anos após suas mortes. Foi assim com o músico alemão Sebantian Bach, com o poeta e dramaturgo inglês Willian Shakespeare e com pintor holandês Vincent Van Gogh. Infelizmente, a grande maioria das pessoas só conseguiu avaliar a riqueza de suas obras depois que eles já haviam partido.

Hoje, quando paramos para comemorar o seu nascimento, o sentido que damos àquele primeiro Natal é muito diferente do que foi dado pelas pessoas da época. Mesmo depois de Jesus realizar grandes sinais, demonstrar amor e exalar sabedoria, poucos o reconheceram como “o Cristo”, o Messias prometido por Deus.

Mas, muito antes de Jesus nascer, Deus já tinha falado a seu respeito. Ao longo da história Deus se aproximou de algumas pessoas para falar da chegada do Messias. Quando Jesus nasceu Ele cumpriu diversas profecias messiânicas, sendo que mais de 300 se cumpriram em toda sua vida, das quais eu menciono apenas 12:

01. O tempo de sua vinda foi estabelecido e nenhum outro poderá cumpri-lo [Daniel 9:25-26];
02. Nasceria de uma virgem para ser Deus Conosco, Emanuel [Isaías 7:14, Jeremias 31:22];
03. Nasceria em Belém para ser um servo de Deus [Miquéias 5:2];
04. Um mensageiro semelhante a Elias, seria seu precursor [Malaquias 3:1 e 4:5-6];
05. Desacreditado pelo seu próprio povo [Isaías 53:1-3];
06. Desprezado, zombado e abandonado [Salmo 22:6-11];
07. Traído por um amigo que recebeu 30 moedas de prata [Zacarias 11:12-13; Salmo 55:12-14]
08. A sua morte seria um sacrifício para o perdão dos pecados [Isaías 53:4-12; Salmos 40:6-8];
09. Crucificado com mãos e pés transpassados [Salmos 22:14-16; Zacarias 12:10];
10. Nenhum osso seu seria quebrado [Salmos 22:14-17, Êxodo 12:46].
11. Derrotaria a morte e ressuscitaria [Isaías 25:8 e 26:19 e 53:10 e 55:3; Salmos 2:7; Salmos 16:8-10].
12. Apesar de rejeitado por Israel, o Messias seria aceito por outros povos [Isaías 65:1-2; Gênesis 22:18; 2 Samuel 22:50].

No entanto, poucos reconheceram o Rei do Universo quando ele nasceu em trajes tão humildes. Poucos perceberam que Ele era o Santo de Deus. E ainda hoje, poucos reconhecem o Rei que nasceu para governar nossas vidas, o Sacerdote que veio oferecer sacrifício por nossos pecados e o Profeta que veio ensinar o caminho para Deus. A lembrança do nascimento da criança de Belém só faz sentido quando, comemoramos o Natal através da ótica da cruz, pois Ele já completou sua obra de arte, Ele nasceu para morrer em nosso lugar.

Sejam em momentos de grande conflito ou de silêncio e paz, Deus tem se aproximado das pessoas para revelar quem é seu Filho Jesus. Muitas pessoas já ouviram seu chamado, como. Noé, Abraão, Moisés, Maria, os discípulos e outros que ao perceberem que estavam diante de Deus, tremeram, se prostraram ou ficaram em profundo silêncio. A maioria das pessoas que viu Jesus Cristo como Ele verdadeiramente é, ficou maravilhada e sem palavras diante da manifestação de tão grande amor.

Entretanto, às vezes as situações difíceis parecem que tem o poder de encobrir o seu rosto de nós. E nestes casos, normalmente começamos a duvidar do amor de Deus. Mas, as circunstancias difíceis não são um sinal de que Deus nos abandonou. É nesse ponto que precisamos lembrar que a criança de Belém teve o clímax de sua vida na cruz. Ali ele clamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Jesus, não ficou imune ao sofrimento. Ele nasceu com a finalidade de suportar o maior de todos os sofrimentos, morrer pelos nossos pecados. Por isso, quando estivermos sofrendo podemos até perguntar a razão, ter medo ou sentir raiva. Mas jamais devemos duvidar do amor de Deus. Não existe, não existiu e jamais haverá uma demonstração maior de seu amor por nós, do que ter enviado o seu único Filho para morrer em nosso lugar, tão somente para que os nossos pecados pudessem ser perdoados e nós tivéssemos a oportunidade de nos aproximarmos d’Ele como um filho se aproxima de seu Amado Pai.

Por isso, ao lembrarmos do nascimento de Jesus, não podemos deixar que outras distrações nos afastem da essência do Natal. Pois, em Belém Deus abriu as portas do céu e veio morar entre nós. Foi o que o profeta Isaias disse quando chamou o Messias de Emanuel, Ele é Deus conosco. Ele veio para entrar em nossa história e deseja estar bem pertinho de nós.

Mas neste período, muitas vezes Jesus fica esquecido atrás da beleza das encenações natalinas e presépios que o retratam como uma simples e indefesa criança. As músicas sobre paz e união entre os povos transmitem a idéia de que se as pessoas se esforçarem bastante, alcançaremos um mundo melhor, e com isso o sacrifício de Jesus pelo pecado fica em segundo plano. As trocas de presentes, festas confraternização e ceias assumiram a grande responsabilidade por trazer a paz e a alegria aos nossos corações, e assim a mensagem que o anjo entregou aos pastores no dia em que Jesus nasceu torna-se desnecessária:

“...EU VENHO TRAZER PARA VOCÊS UMA NOTÍCIA MUITO ALEGRE E TODO O POVO FICARÁ CONTENTE. HOJE, NA CIDADE DE DAVI, NASCEU O SALVADOR DO MUNDO, CRISTO O SENHOR. VOCÊS PODERÃO ENCONTRA-LO ENROLADO EM FAIXAS E DEITADO NUMA MANJEDOURA”.

Talvez, poucos olhem para o Natal desta maneira. Mas eu creio que se quisermos ver “o sorriso na face de Deus” e desfrutarmos de todas as bênçãos que Ele planejou para nós ao enviar Cristo ao mundo, precisamos reconhecer todo o valor de Jesus para as nossas vidas. Neste sentido, o seu nascimento é apenas a primeira pincelada de uma obra de arte que teve seu clímax na cruz. ( * )

Desejo um bom Natal a todos, através daquele que veio trazer paz a terra e a boa vontade de Deus para com os homens.

Lauberti Marcondes
http://diaconia-integral.blogspot.com


Fontes:

Mais de 300 profecias messiânicas que Jesus cumpriu:
http://solascriptura-tt.org/Cristologia/ProfMessianicasCumpridas-Biblicist.htm

( * ) Texto adaptado da Cantata “Jesus, Deus Conosco”, apresentado na Igreja O Brasil Para Cristo em Jd. Iguatemi – São Paulo/SP.

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