domingo, 20 de dezembro de 2009

Quando as qualidades tornam-se defeitos

Olá Gente!
 
Estamos caminhando para o final do ano, época onde mais frequentemente refletimos sobre nossos objetivos, sobre os rumos da nossa caminhada, nossas conquistas e decepções. Também começamos a pensar no que precisamos fazer, o que pode ser melhorado, enfim, a nossa mente começa a divagar sobre o filme que vivemos em 2009 e qual roteiro desejamos viver em 2010. Gostaria de pedir-lhes licença para acrescentar nesta reflexão uma questão pessoal, nossos defeitos e qualidades. Certamente todos temos, ainda que alguns consigam esconde-los. Tanto uns quanto outros. Para tanto, trago para mesa o artigo "Virtude ou veneno" do Rev. Rodolfo Montosa, que hoje toma posse como pastor geral da 1ª Igreja Presbiteriana de Londrina/PR.
 
Bom final de ano e boa reflexão.
 
Lauberti Marcondes
http://diaconia-integral.blogspot.com

Virtude ou veneno
Por Rodolfo Garcia Montosa

"Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda Satanás!" (Mateus 16.23)

Minutos atrás desta grande repreensão, o apóstolo Pedro havia sido publicamente elogiado por sua espantosa declaração: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo" (v.16). De repente, o discernimento perde lugar para a estultice. O bom comunicador é requisitado a se calar. O sabedor revela ignorância. A boa iniciativa perde lugar para a precipitação. O amigo torna-se inimigo. Mas o que aconteceu?

Pessoas fracassam em sua carreira por fenômenos comportamentais. As falhas na caminhada decorrem de quem realmente as pessoas são e como agem em certas ocasiões. É curioso notar que a mesma virtude adotada em certo ambiente, torna-se defeito quando ultrapassa certos limites.

O remédio torna-se veneno quando aplicado em dosagem excessiva. Qualquer qualidade de personalidade pode ser a própria pedra de tropeço, e o risco é proporcional à amplitude do talento.

Assim é que o autoconfiante torna-se arrogante quando pensa que está sempre certo e os demais sempre errados. O carismático torna-se melodramático quando precisa ser o centro das atenções. O extrovertido torna-se temperamental quando as vulnerabilidades de sua alma dominam suas palavras. O discreto torna-se retraído quando se fecha para as difíceis interações relacionais. O racional torna-se cético quando "acredita" somente na objetividade de dados e fatos.

O perspicaz torna-se ardiloso quando invade os limites de normas e leis. O criativo torna-se excêntrico na busca insaciável de ser diferente. O crítico torna-se resistente quando contrariado em sua opinião. O detalhista torna-se perfeccionista quando se concentra demasiadamente no micro perdendo a visão do macro. O político torna-se bajulador quando teme perder sua popularidade.

Como evitar que nossa melhor virtude não se torne um veneno na caminhada? É fundamental a criação de um ambiente de discernimento e expressão quando se ultrapassa o limite. O melhor tempero é quando se equilibra firmeza com ternura, franqueza com brandura, transparência com respeito, verdade com afeto.

É necessário amigos maduros na caminhada, do tipo que Jesus foi para Pedro ao alertá-lo duramente que estava passando dos limites. Foi assertivo como expressão de amor. E Pedro sabia disso, por isso não ficou melindrado.
 
Pergunte sempre se sua virtude está virando veneno, se seus atributos tornaram-se defeitos. Perceba o que estão dizendo aqueles que estão interagindo com você, mesmo quando não utilizam palavras.

Aprenda o momento de acelerar, frear, ou dar um passo para trás seguindo a ordem "arreda Satanás".

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