Olá Gente!
O crescimento dos evangélicos no Brasil tem feito a alegria de muita gente de um lado, e passado despercebido por outros. Apesar de achar o número um tanto quanto elástico, a Sepal, que tem muitas pesquisas nesta área, trabalha com uma estimativa de mais de 50 milhões de evangélicos no Brasil em 2010. Bom, de fato, os números chamam a atenção, sejam de 35 milhões, sejam de 53 milhões (ops!). Agora, qual a diferença que este enorme contingente esta fazendo na sociedade? Pois, certamente, as áreas de prioridade que este grupo estabelecer, serão drasticamente impactadas pela sua presença.
A campanha do 2º turno da eleição presidencial brasileira, exigira uma nova postura dos evangélicos, que serão sondados tanto pelo grupo de Dilma, quanto pelo grupo de Serra. Este seria o momento ideal para apresentarmos propostas que levassem os candidatos a se comprometerem concretamente com questões que interessam toda a sociedade. Será que vamos conseguir sair do nosso gueto espiritual? Apesar de algumas coisas pareceerem obvias, eu não tenho respostas prontas.
Os comentários do Pr. Eben Cesar, ampliam um pouco o nosso horizonte:
O tal "crescimento vertiginoso das igrejas evangélicas" deve-se em parte à teologia da prosperidade, que oferece uma esperança mais imediata do que escatológica, mais egocêntrica do que comunitária, mais fluida do que consistente, mais temporal do que eterna, mais mental do que espiritual. Porque certos grupos crescem mais do que outros, os grupos menores copiam suas estratégias sem qualquer aprofundamento. Instala-se então a concorrência e esta funciona por causa da natureza humana. Até a Igreja Católica entra na jogada para não perder fiéis. A badalada paixão pelas almas de alguns anos atrás cedeu lugar à paixão pelo crescimento numérico. Então, a pregação do pecado, do arrependimento, da conversão, do negar-se a si mesmo, da porta estreita, da solidariedade humana, torna-se impopular e rara. Por incrível que pareça, a denúncia de Santo Agostinho, pronunciada há mais de 16 séculos, é oportuna hoje: "Muitos clamam a Deus com o intuito de adquirir riquezas e evitar prejuízos, pela felicidade temporal e coisas semelhantes. Raramente alguém clama pelo próprio Deus. Assim, é fácil ao homem desejar alguma coisa de Deus e não desejar o próprio Deus, como se o que ele dá pudesse ser mais gratificante do que ele mesmo". A recente crítica do cineasta católico italiano Antonio Monda, autor de Deus e Eu combina com tudo isso: a "new age" é "a religião em que se aproveita apenas aquilo de que se gosta". (Entrevista: Que diferença fazem os evangélicos http://www.institutojetro.com/ )
Parece que o Pr. Elben César é bem pessimista quanto a essa situação, pois ele considera que boa parte deste crescimento evangélico foi as custas de um "alargamentos das portas e da estrada que conduz a vida". Neste caso, com o disvirtuamento do propósito e o enfraquecimento do vigor coletivo da Igreja em favor dos valores do Reino de Deus, o impacto que este grupo poderia fazer na sociedade é realmente reduzido. Talvez impactem no aumento do consumo, por ter a necessidade de aproveitar todas as oportunidades de demonstrar que agora são "filhos do Rei". Parece que, assim como os judeus tiveram dificuldades de receber um Messias despojado de sua glória, que veio como Servo Sofredor, a Igreja Brasileira esta encontrando dificuldades de entender o chamado para seguir o Jesus, servndo com com humildade (João 13; Filipenses 2:5-8)
O Pr. Elben M. Lenz César é fundador e diretor da Revista Ultimato, desde 1968. Também é um dos fundadores da Rebusca — Ação Social Evangélica Viçosense e do Centro Evangélico de Missões (CEM), dos quais é presidente honorário. É pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa, autor de devocionários, biografias e obras sobre vida devocional.
Lauberti Marcondes
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