terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O príncipe no Reino das Crianças Perdidas

Olá gente!
Segue um texto interessante de Eliana Gavioli, uma pessoa muito especial que tem superado grandes desafios em sua vida e tem um jeitinho especial para oferecer dicas e apoio.
Eliana e seu marido, Miguel Angelo, são pais adotivos de três crianças. Baseada nesta história, com uma abordagem original e criativa, Eliana escreveu um livro que versa sobre adoção. Ela teceu um enredo vivo com as lições que aprendeu com sua própria experiência. Os seus personagens encantam e ao mesmo tempo chamam atenção para o triste estado daqueles que precisam de um pouco de amor e carinho.
O texto é um pequeno aperitivo que Eliana gentilmente encaminhou e nos autorizou a posta-lo. Espero que gostem.
Um grande abraço a todos os filhos adotivos do Pai Celestial
Lauberti Marcondes
O príncipe no Reino das Crianças Perdidas
por Eliana Gavioli

Era uma vez um príncipe, filho de um rei muito poderoso. Um dia essa criança ficou sabendo de um reino não muito distante dali, em que as crianças não tinham um pai e eram horrivelmente exploradas pelos opressores daquele reino.

O príncipe implorou ao pai que trouxesse aquelas crianças para viverem ali, como seus irmãos. Encantado com a reação do filho, que não se importava de dividir suas riquezas e o amor do pai com crianças que nem ao menos conhecia, o Rei permitiu que o filho partisse, vestido de andrajos e munido de seu poder, para convencer os pequenos moradores do Reino das Crianças Perdidas a serem adotados por ele.

Como de início o menino não foi muito bem recebido e por não acreditarem que era filho de um rei, o príncipe começou a criar e contar histórias que mostravam o caminho do amor, há tanto esquecido no coração das crianças, e aos poucos conquistou a admiração e confiança delas.

Assim, o menino passava os seus dias a contar histórias belíssimas que tornavam as crianças reflexivas quanto às realidades que viviam e a usar o seu poder para aliviar o sofrimento das crianças, suprindo-lhes suas necessidades.

Muito embora acreditassem nele, poucos estavam dispostos a segui-lo. Alguns porque não queriam perder a liberdade, outros porque acreditavam que quanto mais miseráveis nesta vida, mais prósperos na outra, outros porque eram fieis à memória de um pai que acreditavam haver existido, outros porque acreditavam que os opressores daquele reino eram seus pais e outros ainda porque acreditavam que um poderoso libertador viria para resgatar-lhes.

Mas os que além de acreditarem nele, estavam dispostos a segui-lo começaram a ter um procedimento diferente, o que irritou os opressores que mandaram chamar o príncipe e o interpelaram acerca de sua presença ali.

Embora os opressores não dessem o mínimo valor às crianças, alegando que eram culpados de uma grande traição, ficaram indignados com o fato de o príncipe interferir no que eles julgavam sua propriedade, exigindo do menino, uma compensação. Apesar de o príncipe ser proprietário de grandes riquezas, tudo o que os opressores desejavam eram pequenos favores quando voltasse para casa. Nada que o rei seu pai precisasse saber. Era apenas um pequeno acerto sigiloso entre eles.

O príncipe deixou muito claro que jamais trairia a confiança de seu pai e que tal arranjo estaria fora de questão. Neste ponto, os opressores fizeram uma proposta que jamais alguém poderia supor que o príncipe aceitasse: despojado do poder que o acompanhava, o príncipe ficaria no lugar das crianças que estariam livres para partir, caso desejassem. E para surpresa geral, o príncipe aceitou, tal era o seu desejo de pôr fim ao sofrimento das crianças às quais tanto amava.

Uma vez destituído do poder que poderia protegê-lo, os opressores avançaram sobre ele e o mataram, para horror dos pequenos seguidores já arrependidos de haverem acreditado nas promessas de um menino que se dizia príncipe, filho de um rei poderoso, mas que não pudera defender nem a si próprio.

No entanto, três dias depois as crianças ficaram maravilhadas ao ver que o príncipe estava de volta. A verdade é que havia uma lei superior a qualquer outra lei, que dizia que se um inocente desse a vida por um culpado venceria a morte. E foi isso o que aconteceu.

As crianças estavam eufóricas com a idéia de partir, já que o rei ordenara o retorno urgente do menino, quando o príncipe lhes fez um pedido inesperado. Pediu que eles ficassem para contar aos outros meninos sobre as boas notícias, enquanto ele iria preparar mais lugares em seu palácio. Embora as crianças desejassem atender a tão justo pedido, ficaram aterrorizadas ao imaginar que ficariam sozinhas, sem a proteção do príncipe. Foi quando ele explicou que jamais estariam sozinhas. Deixaria com elas o seu poder e tudo que ordenassem em seu nome lhes seria concedido, desde que cressem.

Assim, o príncipe partiu e as crianças passaram a viver como uma grande família, ajudando-se e suportando-se, contando aos que ainda não sabiam, sobre a linda história de amor escrita pelo menino príncipe, até o dia triunfal de sua volta.

Espero que você tenha gostado desta versão da história e que seja foco de grandes reflexões, afinal, o protagonista desta história tem muito a nos ensinar. Ele teve a coragem de enfrentar o sofrimento do nascimento, para viver entre nós. Aceitou uma morte atroz, que poderia facilmente se livrar, afinal, ninguém poderia obrigá-lo a tal coisa. Livrou-nos das nossas enfermidades e deu-nos o direito ao Reino Eterno, desde que simplesmente aceitemos a condição de sermos filhos de seu pai.


Eliana Gavioli - Analista de sistemas há mais de 25 anos, ex-funcionária do Banco Nossa Caixa. Durante sua carreira desenvolveu habilidades para escrever manuais, elaborar e ministrar treinamentos, conduzir reuniões de trabalho e dar suporte aos processos de desenvolvimento e manutenção de sistemas. Cursou Graduação em Processamento de Dados, Especialização em Sistemas de Informação e MBA E-Management na FGV. Atualmente cursa Mestrado em Tecnologia: Gestão, Desenvolvimento e Formação no Centro Paula Souza. Um de seus novos desafios é montar uma empresa de consultoria.
Fontes:
Livro: O quartinho solitário
História de Eliana Gavioli

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